domingo, 31 de janeiro de 2010

Número de mortos por causa das chuvas no Paraná chega a 4



1.854 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas.
Houve queda de barreiras em acessos que ligam PR e SP.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva (PR), o número de mortos em consequência das chuvas no Paraná já chega a quatro. O corpo de uma mulher foi encontrado por volta das 11h deste domingo (31) no rio no município de Sengés. Há uma pessoa desaparecida, segundo o capitão do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, Alisson Sanches.

Ainda de acordo com o capitão, celulares da operadora Oi voltaram a funcionar em Sengés no início da noite de hoje. Os serviços de outras operadoras, rádios e de telefonia fixa seguem interrompidos.

O governador do Paraná, Roberto Requião, sobrevoou no final da manhã deste domingo a região e visitou Sengés, Tomazina e Pinhalão, os municípios mais afetados pelas fortes chuvas. “O principal objetivo é restabelecer o tráfego. A Secretaria dos Transportes já tem 35 pontes e vigas disponíveis e as equipes já estão trabalhando nos locais em que houve queda de barreira”, afirmou Requião.


Segundo o secretário dos Transportes, Rogério Tissot, as estradas estaduais ainda têm 17 pontos com problemas, como queda de barreira e pontes que já estão sendo recuperadas.

O helicóptero com o governador saiu da base da Defesa Civil montada no município de Jaguariaíva. Duas aeronaves do governo do Paraná estão operando na base e fazem a ponte aérea entre Sengés e Jaguariaíva.

Balanço divulgado pela Defesa Civil do Paraná neste domingo (31) mostra que aumentou o número de pessoas afetadas pela chuva que atingiu o estado na madrugada de sábado (30).

Ao todo são 15 municípios atingidos: São José da Boa Vista, Almirante Tamandaré, Jaguariaíva, Campo Largo, Campo Magro, Sengés, Arapoti, Ibaiti, Pinhalão, Sapopema, Tomazina, Colombo, Campina Grande do Sul, Ibiporã e Pinhais.

O município de Pinhais enfrentou problemas com o aumento do nível das águas dos rios Palmital e Iraí. Algumas pessoas precisaram deixar suas casas. Neste domingo, porém, os rios voltaram a níveis próximos do normal e as pessoas puderam voltar para suas casas, à excessão de uma família que permanece desabrigada.

Estão desabrigadas 1.106 pessoas, 748 estão desalojadas e há 17 feridos.

No total, 4.041 pessoas foram afetadas, 764 casas foram danificadas e 81, destruídas. O número de pessoas afetadas inclui desabrigados, desalojados e pessoas que tiveram algum tipo de prejuízo, mas que permanecem em suas casas.

No sábado, o número de pessoas afetadas era de 3.387. Havia 778 desabrigados, 656 desalojados, 12 feridos, 719 casas danificadas e outras 73 destruídas.

Sengés

As quatro mortes ocorreram no município de Sengés, próximo à divisa com o estado de São Paulo. De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Alisson Sanches, a luz foi parcialmente restabelecida na cidade no início da noite deste domingo e ainda há problemas no fornecimento de água. O órgão informou que três pessoas seriam da mesma família e estariam numa casa que acabou arrastada pela água. A outra vítima seria uma mulher cuja idade ainda não é conhecida e foi encontrada perto de uma serraria após ser arrastada pela água. De acordo com a Defesa civil, são dois homens e duas mulheres.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros conseguiu um acesso por terra que passa por uma fazenda ao munícipio no fim da tarde de sábado. O local, no entanto, está sendo utilizado apenas por veículos tracionados. Segundo os Bombeiros, carros de passeio não conseguem passar pelo local.

O sub-comandante da operação de buscas na região de Sengés, capitão Arlisson Sanches, informou ao G1 que, no sábado, 38 pessoas foram abrigadas em um local providenciado pela prefeitura de Sengés. Uma mulher grávida de gêmeos prestes a dar à luz foi transportada para um município vizinho de helicóptero.

Houve queda de barreiras nos dois acessos que ligam a cidade a outros munícipios paranaenses e em um acesso de Sengés a São Paulo. Um rio localizado entre Sengés e São José da Boa Vista transbordou e encobriu uma ponte.

De acordo com a Defesa Civil, a reconstrução das estradas que dão acesso à Senges vai levar, no mínimo, 15 dias.


Fonte

Do G1, em São Paulo


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