Anúncio foi feito em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29).
O presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, informou na noite desta sexta-feira (29) que apresentou sua renúncia ao cargo, durante entrevista à imprensa. O anúncio foi feito em meio a um confronto com a presidente Cristina Kirchner sobre o uso das reservas monetárias do país para o pagamento da dívida pública.
Redrado se opôs firmemente ao plano de usar US$ 6,5 bilhões das reservas do país para criar um fundo para o pagamento da a dívida pública neste ano.
"A indignação foi mais forte", disse, durante o anúncio da demissão. "Sinto que meu ciclo frente ao Banco Central foi concluído e decidi me afastar do cargo de presidente com a satisfação dos deveres cumpridos."
O economista criticou duramente o governo, ao qual acusou de "avassalar permanentemente as instituições" e de "pretender levar adiante as reservas de todos os argentinos, que são o que todos os argentinos pouparam."
Atualmente uma comissão mista do Congresso argentina analisa se ele descumpriu seus deveres como funcionário público, como sustenta Cristina Kirchner.
Redrado estava afastado da liderança formal do Banco Central desde domingo, quando a polícia o impediu de entrar em seu gabinete. Depois de ser impedido de entrar no edifício do BC, Redrado foi à polícia para denunciar o chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Aníbal Fernandez, pelo ocorrido.
Fernandez, afirmou que a ordem de enviar a polícia para o prédio atendia a um pedido presidencial para que Redrado não voltasse "nunca mais ao Banco Central".
A Justiça mantém bloqueada a transferência de reservas ao governo pelo Banco Central, conduzido formalmente por seu vice-presidente Miguel Pesce.
Font G1
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